Por que sofremos?
- Por que sofremos? - Se Deus é bom e todo-poderoso, por que permite que suas criaturas sofram?
- A aflição faz parte do plano divino para nosso aperfeiçoamento ou é simplesmente um capricho dele?
- Por que Deus não detém o mal?
Deus criou o homem como um agente moral
dotado de livre arbítrio. Quando Ele fez o homem
inocente, Ele declarou que ele era “muito bom”. O
homem possui intelecto, emoções e vontade—ele
é livre para escolher. Se o homem não possuísse
vontade própria, ele não passaria de uma marionete
ou uma máquina. O livre arbítrio que Deus
deu ao homem inclui a capacidade de escolher
entre o certo e o errado, entre o bem e o mal.
Todos pecam, segundo Romanos 3:23. Os
agentes morais dotados de livre arbítrio que
Deus criou, muitas vezes, fazem escolhas erradas.
Vejamos no Salmo 73 um exemplo de sofrimento.
No seu famoso livro O Problema do Sofrimento, publicado perto do princípio da Segunda Guerra Mundial, C.S. Lewis debruça-se sobre a questão do amor de Deus e o fato de Ele permitir o sofrimento. Afirma que, quando o Cristianismo diz que Deus ama o homem, isto significa amor mesmo. Não significa alguma preocupação desinteressada – por ser de fato indiferente – com o nosso bem-estar. Pode ser um Senhor de aspecto terrível – mas ama mesmo! Não é a benevolência senil de alguém que deseja que sejamos felizes da maneira que nós achemos bem. Não é a filantropia fria de um jurista consciencioso. Não é o cuidado de um anfitrião que se sente responsável pelo bem-estar dos seus hóspedes. É o fogo consumidor, o Amor que criou os mundos, persistente como o amor de um artista pelo seu trabalho, providente e venerável como o amor de um pai pelo seu filho, e zeloso e inexorável como o amor entre homem e mulher. Sente dor pela Sua criatura como Jesus sentia dor pelos filhos de Jerusalém. O problema de reconciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus que ama, só é insolúvel enquanto damos um sentido trivial à palavra “amor”. E enquanto encaramos as coisas como se o homem fosse o centro delas. Lewis afirma que o homem não é o centro. Deus não existe por causa do homem. O homem não existe por causa de si próprio. “Tu criaste todas as coisas, e para o teu prazer são e foram criadas” (Apocalipse 4:11). Não fomos criados para que amássemos Deus, mas para que Ele nos amasse e fossemos objetos do Seu prazer. Isto explica a natureza aparentemente cruel da disciplina à qual Ele nos sujeita muitas vezes.
Leia mais: Sl. 41:3; Jo 16:33; Rm. 8:28; Sl.30:5;
Aquele que não consegue suportar o que é mau, não vive para saber o que é bom.
(Provérbio judeu)
(Provérbio judeu)